Ontem, enquanto arrumava uns papéis deparei-me com o envelope onde está guardada a prova da tu existência. Peguei nele, senti um frio no estômago e abri-o... Lá estava ela: a análise Beta HCG, mais que positiva. Lembro-me que depois de te perder, tive vontade de queimar aquele envelope, aquele papel onde estava provada, preto no branco, a tua vida. Aquele papel que dilacerava o meu coração, mas que ao mesmo tempo me acalmou a alma e provava que eu não estava louca: tu exististe, sim. E ontem, peguei nesse envelope, segurei-o contra o meu peito e lembrei-me de ti. Não houve lágrimas, nem revolta. Apenas saudade e o silêncio da tua ausência.
Sabes, eu aprendi muito com esta dor. Passei a dar valor a coisas que antes pensava serem insignificantes. Depois de ti, da tua passagem pela minha vida, nada mais foi igual. E viste? Eu consegui ver o teu priminho Miguel sem sentir mágoa, dor ou revolta. Pegar nele ao colo foi como renascer, como se as portas se abrissem e eu pudesse ver o futuro. A verdade é que eu só iniciei a minha cura no dia em que soube que ele vinha a caminho. Nesse dia, eu percebi que a vida de facto continua e que eu tinha de avançar. E eu avancei pela primeira vez sem medo de te esquecer, sem medo de ofender a tua memória, sem medo do futuro. O teu espaço, o teu lugar no meu coração será sempre teu. Ninguém poderá ocupá-lo, nunca. E eu não preciso de impôr a tua presença, a tua existência, aos outros. Porque sendo real para mim, nada mais importa. Nós as duas seremos eternamente uma da outra. E o meu próximo filho, ou filha, quando nascer saberá que tem uma irmã que vive nas estrelas e que cuidará sempre dele.
Para ti, Beatriz, plantei túlipas de novo. Por ti e por mim, decidi viver e não desperdiçar a segunda oportunidade na vida que foi dada. Juntamente com aquelas túlipas cresce a minha esperança, a minha força, a minha fé no futuro. Um dia, minha querida, estaremos juntas de novo, e dessa vez será por toda a eternidade. Até lá, vou viver como sei que gostarias e quererias que eu vivesse: com muita esperança e amor no coração e um sorriso nos lábios.
Amo-te, meu anjo eterno
Ser sábio é ser coerente em sua forma de pensar e agir mediante suas verdades adquiridas e conquistadas pelo esforço pessoal por meio de sua capacidade de raciocínio e de discernimento entre o certo e o errado. Não passar do limite do "não faça aos outros o que não quer para si próprio".
Ser sábio é ter o silêncio como conselheiro e poder ouvi-lo em meditação constante, mas não separada do ritmo da vida. Da sua vida, não dos outros. Saber ouvir antes de falar.
Ser sábio requer algo a mais: conseguir serenar seu coração para que possa ouvir a voz do Amor que brota dele através da Força do Universo, que muitos chamam Deus.
O sábio ama a vida porque sabe que a vida que vê é a face de Deus que ele não conhece, mas sente que é, porque pondera e escuta a voz do silêncio de sua própria alma.
Ser sábio é ter o Amor como seu guia e o raciocínio como argumento desse Amor. Ser sábio é não agredir ninguém física nem psicologicamente em prol de sua suposta verdade. Ser sábio é falar quando lhe pedem e silenciar para os outros também falarem.
Hellen Katiuscia de Sá
26 de novembro de 2004
The Time is Now
If you are ever going to love me,
Love me now,
while I can know
The sweet and tender feelings
Which from true affection flow,
Love me now while I am living,
Do not wait until I'm gone
And then have it chiseled in marble,
Sweet words on ice-cold stone.
If you have tender thoughts of me,
Please tell me now.
If you wait until I m sleeping,
Never to awaken,
There will be death between us,
and I won't hear you then.
So, if you love me,
even a little bit,
Let me know it while I am living
So I can treasure it.
(Published many years ago in Ann Lander's column - no author listed.)
. ...
. Bom Dia!
. Cansada, com sono, farta ...